*A vacina brasileira pode ser entregue ainda em 2021

 

O Instituto Butantan anunciou que vai solicitar a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para começar em abril um ensaio clínico de fase 1 e 2 para o desenvolvimento de uma nova vacina contra o novo coronavírus (COVID-19), denominada de ButanVac

 

O centro de pesquisa biológica informou ainda que “o novo insumo já está em desenvolvimento e uma produção piloto foi finalizada para atender os voluntários dos testes”. A notícia é uma nova esperança para os brasileiros.

 

Por meio de uma nota divulgada no site, o Instituto Butantan explicou que “a vacina será produzida integralmente no Brasil, sem depender de importação. Isso ocorre porque a fábrica de Influenza do Butantan pode produzir o insumo utilizando a tecnologia de vacina inativada com base em ovo”. 

 

A nota também explica sobre a produção da vacina. “A tecnologia da ButanVac utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor nesta vacina é o da Doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Por esta razão, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina da gripe. Em contraste com o vírus da influenza, o vírus da Doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, sendo uma alternativa muito segura na produção. Além disso, o vírus é inativado para a formulação, facilitando sua estabilidade e deixando a vacina ainda mais segura”.

 

O instituto também afirma que “o desenvolvimento da vacina não afetará a parceria do Butantan com a Sinovac, nem causará alterações no cronograma de envio de insumos da China para a CoronaVac – vacina sendo produzida atualmente pelo instituto contra a Covid-19. De acordo com o presidente do Butantan, Dimas Covas, a tecnologia utilizada na ButanVac é uma forma de aproveitar o conhecimento adquirido com o desenvolvimento da CoronaVac.” 

 

O médico relatou que a vacina brasileira pode ser entregue ainda em 2021. Por meio do comunicado, o centro de pesquisa informa também que a nova vacina vem para “somar” às ações. “O instituto entende a necessidade de ampliar a capacidade de produção de vacinas contra o coronavírus e da urgência do Brasil e de outros países em desenvolvimento de receberem o produto de uma instituição com a credibilidade do Butantan. Por conta do panorama global, o instituto abriu o leque de opções para oferecer, ao Ministério da Saúde e aos governos, mais uma forma de contribuir no controle da pandemia”.