“Quando novas informações surgem e as circunstâncias mudam já não é possível resolver os problemas com as soluções de ontem.” (Roger Von Dech)
Somos aproximadamente 212 milhões de brasileiros, vivendo com o resto do mundo uma esperança: a imunização em massa que possa tirar de nossa existência a incerteza desses momentos que somam mais de 12 meses e têm sido fortalecidos pelas ocorrências tristes e desgastantes com perdas de entes queridos, familiares, amigos, conhecidos e que, infelizmente, nos faz impotentes diante de tantas coisas não benéficas que ocorrem em nosso país.
Se por um lado as autoridades lutam, ainda confusas, com as circunstâncias em que se encontra a situação de saúde pública, a ciência corre desenfreada na busca de vacinas e cura deste que diziam que teria vida curta diante dos avanços mundiais em que as nações de primeiro mundo acreditavam estar.
Esta crise econômica e sanitária gerada pela pandemia vem desenvolvendo aos poucos, principalmente em cidades pequenas como nossa querida Joanópolis, reflexos quase irreversíveis já manifestados em vários segmentos e que tem nas ações das autoridades, especialmente no estado de São Paulo, coração do Brasil, centenas de milhares de pessoas desempregadas e que, fatalmente na tentativa de se salvarem, estão migrando para o interior em busca de oportunidade de trabalho e de melhorar a vida de suas famílias.
E a pandemia segue com essas cidades com crescente população, não mais só as turísticas, e isto vem sendo observado e avaliado em toda a Região Bragantina, que manteve muito sob controle, por mais de 6 meses, a tênue pandemia hoje sem controle, com 100% de leitos de enfermaria e UTIs ocupados, executando ações que ferem, inclusive, a Constituição Federal para tentar controlar a propagação do vírus e chegar ao ponto de não mais ter como receber pacientes, como já ocorreu inclusive com um joanopolense que veio a óbito no mês de março enquanto aguardava uma vaga de UTI.
A Páscoa passou. E diferentemente do que passamos em 2020 com a esperança de tudo acabar, vivemos hoje o oposto na linha de gratidão por estarmos bem, com familiares vivos diante de tantas perdas que já tivemos que passar e um quadro ligeiramente piorado em todo o Brasil com uma segunda onda e variantes do novo coronavírus.
Diante do quadro que hoje se encontra a saúde pública de Joanópolis – ao que não mais podemos dizer que é somente o “turismo” que infla a cidade pois também sabemos que não há planejamento algum para a sustentação da economia – estão em vigor os decretos municipais que consideram os do Governo do Estado referência para ações baseando-se num grande centro de indústrias, comércio e prestação de serviços. Nossa cidade tem como subsistência uma vasta gama de empregos no setor público (Prefeitura Municipal), e na contrapartida o comércio. Se o mesmo não é correspondido nas suas ações com planejamento e a compreensão em prol da saúde e aos protocolos sanitários de prevenção e sustentação da economia local do poder público/administração pública municipal composta pelo Executivo e Legislativo, muitos problemas irão advir disto. Dificuldades que absolutamente não podem mais ser contestadas de forma fria e desinteressada – todos, direta ou indiretamente, lidam e têm a ver com pessoas, com vidas, com a sociedade, com as comunidades, com as empresas da cidade e geradoras da economia local não bastando expor as dificuldades nas redes sociais – atualmente grande receptoras de problemas que os gestores muitas vezes teriam a obrigatoriedade de ter resolvido.
Mesmo que a pandemia causa grande vulto e onda de tristeza, incertezas, desacertos e, de forma latente, muitas discórdias vamos fazer com que a cidade possa respirar, pelo menos um pouco, um ar mais agradável que a desesperança que impera essas últimas horas – entre empresários, pessoas que precisam preservar seus empregos e o sustento de suas famílias, autoridades que cumprem com as regras impostas em decretos – mas que não são leis – e a nós, dos órgãos de comunicação, que temos a obrigação da imparcialidade no apoio à cidadania e democracia.
Nesses difíceis momentos o qual todos enfrentamos, sejamos como o girassol e nos inclinemos para o sol, à busca da luz, onde Cristo é o sol que ilumina o mundo, no qual os cristãos buscam o caminho, a verdade e a vida.