A vacina brasileira denominada de Versamune – desenvolvida por cientistas da USP/Ribeirão Preto – poderá ter uma longa eficácia. Segundo informado pelo jornal da instituição, o imunizante pode gerar uma memória imunológica de até 12 anos com a capacidade de ativar todo o sistema imunológico, impedindo a entrada para dentro das células do SARS-CoV-2 e também matando as já infectadas.


A Versamune já foi testada em animais e, de acordo com estudos, os testes pré-clínicos mostram que a vacina não causou danos a eles (sem efeitos tóxicos) e tem grande capacidade de ativação de anticorpos, principalmente de células de defesa que ajudam a combater agentes infecciosos – as células T.


Se a Anvisa aprovar a autorização para os estudos das fases 1 e 2 (segurança e eficácia em humanos), serão realizados testes em voluntários saudáveis nos grupos entre 18 e 55 anos e, em outro momento, de 55 a 75 anos de idade em que serão avaliados, pelo período de 3 a 4 meses, os efeitos colaterais e se houve produção de anticorpos contra o vírus da COVID-19. Já a última etapa, fase 3, somente será solicitada a partir de bons resultados das anteriores e vai durar aproximadamente seis meses, com cerca de 10 mil voluntários testados. Sendo positiva a resposta, o consórcio deverá pedir à Anvisa o uso emergencial do imunizante no início de 2022.


Além da Versamune, o Instituto Butantan também espera a resposta da Anvisa para começar testes clínicos da Butanvac, outra vacina brasileira produzida pelo centro de pesquisa biológica, em parceria com o Icahn School of Medicine, no Mount Sinai, em Nova York (EUA).


A Anvisa informou que ainda faltam protocolos dos estudos pré-clínicos dos dois imunizantes para que sejam analisados e, a partir daí, liberados.

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