A campanha acontece justamente para mudar esse cenário e lembrar o homem da importância de cuidar da saúde

Logo após a campanha Outubro Rosa, com foco na saúde da mulher, começa o Novembro Azul para alertar os homens sobre o câncer de próstata. O movimento teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina, entre elas, o câncer de próstata. De lá pra cá, anualmente, sempre no mês de novembro, são realizadas ações para chamar a atenção das pessoas, especialmente dos homens.

De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens e o segundo que mais mata. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido a tumor na próstata. Dados revelaram que, no passado, foram 16.055 mortes em consequência da doença.

A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 80% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Ainda segundo o órgão, a estimativa é de que tenham 65 mil novos casos de câncer de próstata em 2022.

A campanha Novembro Azul acontece justamente para mudar esse cenário e lembrar o homem da importância de cuidar da saúde, como comparecer a consultas de forma rotineira e não só quando há algum problema, fazer exames periódicos de check-up e adotar hábitos saudáveis. Muitas doenças na fase inicial são assintomáticas, logo, se diagnosticadas rapidamente, mais eficiente será o tratamento e maiores serão as chances de cura.

Sintomas e fatores de risco

Segundo o Ministério da Ciência, tecnologia e Inovações, os sintomas do câncer de próstata somente aparecem na fase avançada da doença, podendo provocar dores fortes, inclusive a óssea, sintomas urinários, insuficiência renal e infecção generalizada. Nesse estágio, cerca de 90% dos tumores não respondem a tratamento, sendo potencialmente fatais aos pacientes. Porém, se detectada na forma inicial, a doença pode ter 90% de chances de cura.

 

Além do histórico familiar, alguns dos fatores de risco são idade, raça, obesidade e sedentarismo. A alimentação inadequada – à base de gordura animal e deficiente em grãos, frutas, verduras e legumes – constitui outro fator de risco para a doença. O excesso de gordura corporal também aumenta o risco. Ainda está associada a exposição a substâncias como aminas aromáticas, comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio; arsênio, utilizado como conservante de madeira e como agrotóxico; produtos de petróleo; motor de escape de veículo; hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, conhecidos por HPA; fuligem e dioxinas.

*Matéria veiculada no impresso Jornal TRIBUNA da Cidade de Joanópolis – (Edi 170 – outubro de 2022).


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