
Foto: Joao Paulo
Burini/GettyImages
O Brasil enfrenta um grave
problema de saúde pública com o aumento exponencial de casos de dengue. De
acordo com dados do Ministério da Saúde, o país já registrou 1.017.278 casos da
doença nas primeiras oito semanas de 2024, um aumento significativo em relação
aos 207.475 casos registrados no mesmo período do ano anterior. Além disso,
foram reportadas 214 mortes causadas pela dengue, com 687 casos ainda em
investigação.
Perfil dos casos e situação por
estados
A maioria dos casos prováveis
de dengue é composta por mulheres, representando 55,4% do total, enquanto os
homens correspondem a 44,6%. A faixa etária mais afetada continua sendo a dos
30 aos 39 anos, seguida pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.
Minas Gerais lidera em número
absoluto de casos prováveis, com 352.036 registros. Quando considerado o
coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com
3.612,7 casos por 100 mil habitantes.
Ministério da Saúde realiza “Dia
D”
Diante do cenário alarmante,
seis estados (Minas Gerais, Acre, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa
Catarina) e o Distrito Federal declararam emergência em saúde pública por causa
da dengue. Para combater a propagação da doença, o Ministério da Saúde promoveu
um "Dia D" de mobilização nacional contra a dengue no último sábado
(02).
A ação envolveu o governo
federal, estados, municípios, agentes comunitários e de combate às endemias,
profissionais da saúde e a população brasileira. O objetivo foi intensificar as
ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor
da doença.
Medidas de prevenção
O Ministério da Saúde reforça
a importância de medidas simples, mas eficazes, para prevenir a proliferação do
mosquito transmissor da dengue. Entre elas estão:
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Manter a caixa d’água bem fechada;
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Receber bem os agentes de saúde e os de
endemias;
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Amarre bem os sacos de lixo;
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Colocar areia nos vasos de planta;
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Guardar pneus em locais cobertos;
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Limpar bem as calhas de casa;
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Não acumular sucata e entulho;
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Esvaziar garrafas PET, potes e vasos.
Além disso, é recomendado o uso de repelentes, especialmente nos horários de maior circulação do Aedes aegypti, como de manhã e no final da tarde. O uso de roupas de manga longa e em tons claros também é uma forma eficaz de evitar o contato direto com o vetor da doença.