Foto: Ricardo Stuckert/PR/Agência Brasil

As intensas chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desencadearam uma tragédia sem precedentes, já contabilizando um cenário devastador: 155 mortes confirmadas, 94 pessoas desaparecidas e 806 feridas, de acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado no último sábado (18).

Mais de 600 mil pessoas estão desabrigadas, sendo 77.202 mil em abrigos e 540.188 mil desalojadas, buscando refúgio em residências de familiares ou amigos. No total, 82.666 pessoas foram resgatadas.

A calamidade atingiu 461 dos 497 municípios gaúchos, afetando cerca de 2,3 milhões de habitantes. Não só as pessoas foram atingidas, os animais também. Até agora, soma-se 12.108 pets resgatados.


Foto: Leandro Osório/Estadão Conteúdo

Cidades provisórias

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), anunciou na quinta-feira (16) que o governo planeja construir "cidades provisórias" em Porto Alegre, Canoas, Guaíba e São Leopoldo.

Essa infraestrutura será destinada a acolher as pessoas afetadas. Muitos dos locais de abrigo temporário, como escolas, universidades, igrejas e clubes, deverão retornar às suas funções normais nas próximas semanas.

Consciente da possibilidade de novos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) se comprometeu a apresentar um plano voltado para a reconstrução e adaptação às mudanças climáticas no estado.

Entre as propostas discutidas pelos governantes, está a ideia de realocar completamente os municípios gravemente afetados pelas enchentes, reconstruindo-os em áreas novas e mais seguras.

Doações de todo o Brasil

Uma "rede do bem" tem mobilizado o país em prol do Rio Grande do Sul. Em meio à destruição provocada pelas enchentes, um verdadeiro exército de voluntários, movidos pelo espírito de solidariedade, tem trabalhado incansavelmente para ajudar a população e os animais.

Além disso, doações estão chegando de todos os lugares do Brasil, contribuindo para a arrecadação de toneladas de alimentos, água, produtos de limpeza e de higiene, roupas, sapatos, ração para os animais, remédios e muitas outras.


Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratin 

É importante que as pessoas continuem ajudando, seja disponibilizando seu tempo e conhecimento atuando como voluntários, doando itens físicos ou até mesmo a quantia que puderem. Toda contribuição faz a diferença.

Para ajudar as vítimas via PIX, o governo disponibiliza a conta SOS Rio Grande do Sul, no banco Banrisul: CNPJ 92958800000138. A população clama por solidariedade e apoio neste momento de dificuldade, enquanto o estado enfrenta uma das maiores tragédias climáticas de sua história.

*Reportagem publicada no impresso Jornal TRIBUNA da Cidade – Edi. 186 - maio de 2024 – e atualizada em nosso portal.

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