A recente aprovação pela Alesp
(Assembleia Legislativa de São Paulo) da proibição do uso de celulares em
escolas públicas e privadas do estado de São Paulo promete mudar a dinâmica
educacional. A medida, que aguarda sanção do governador Tarcísio de Freitas
(Republicanos), começa a valer no próximo ano letivo e gera debate sobre seus
impactos.
De acordo com o texto de
autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede) e coautoria de outros 42
parlamentares, o uso constante de dispositivos eletrônicos durante as aulas
está relacionado a uma redução na capacidade de concentração e no desempenho
acadêmico, além de prejudicar a interação social entre os estudantes. O PL 293 determina
que os aparelhos sejam armazenados durante as aulas, mas ainda não se sabe onde
serão guardados.
Para a pedagoga e diretora de
educação das unidades do ABCDM e Litoral do Colégio Adventista Marizane
Piergentile, a mudança pode causar ansiedade e sintomas físicos em alunos
acostumados à presença constante dos dispositivos. Professores também terão o desafio
de se adaptar a essa nova realidade e engajar estudantes sem a mediação das
telas.
Por outro lado, Marizane
acredita que a regra pode incentivar habilidades como resiliência, socialização
e o uso mais consciente da tecnologia. Com apoio da escola e das famílias, a
medida pode ajudar os jovens a equilibrar o mundo digital com o real,
promovendo crescimento e interação direta.
*Reportagem publicada no
impresso Jornal TRIBUNA da Cidade – Edi. 190 - novembro de 2024 – e atualizada
em nosso portal.