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Desabafo de um cidadão trabalhador

Sou um cidadão comum, trabalhador, que acorda cedo todos os dias para ganhar o pão de cada dia com honestidade. Mas, sinceramente, está cada vez mais difícil manter a esperança. Vivo em uma cidade onde muitos problemas se acumulam e as soluções parecem ‘difíceis’ ou relegadas sempre para depois.

O trânsito por vezes está caótico, ou por falta de planejamento e organização, ou por grande movimentação do turismo na cidade. As nossas ruas estão esburacadas, mal sinalizadas – vários obstáculos já sem a pintura que o identifica, colocando em risco a vida de motoristas, ciclistas e pedestres.

Na saúde, então, diariamente vivemos os desafios. E a constante competição de uns e outros que atribuem méritos em problemas ainda sem solução. Já vi vizinhos meus esperando meses por um exame, por um atendimento que defina sua luta com saúde, outros indo para outra cidade em busca de atendimento digno. Isso não é normal. Isso não é justo.

As obras começam...as obras não terminam, ou se ruins, seguem do mesmo jeito – exemplo a perigosa e horrível rotatória da escola Vicente, sem solução até algo mais grave acontecer. Foi muito criticada pelos governantes que aí estão, mas e daí? Qual a solução? O dinheiro público entra... some? mas os problemas continuam. E o pior: ninguém explica, ninguém assume. Enquanto isso, nós, a população, seguimos convivendo com o descaso, a falta de perspectiva.

Só peço respeito. Só quero dignidade. Não estamos pedindo luxo, estamos pedindo o básico: mobilidade, segurança, saúde, transparência! Que as autoridades se lembrem que estão ali para servir ao povo – e que cada promessa feita (nesses ou em tempos de campanha eleitoral) tenha um compromisso com a realidade.

Esse é o meu desabafo. De um cidadão cansado, mas que ainda acredita que pode ser ouvido. Porque merecemos mais. E não vamos parar de cobrar.

*Artigo publicado no impresso Jornal TRIBUNA da Cidade – Edi. 198 - setembro 2025.