O Dia da Criança foi oficializado em 1924 pelo presidente Arthur Bernardes (1922-1926) – Decreto nº 4867, de 05 de novembro de 1924, depois da aprovação a um projeto do deputado federal Galdino do Valle Filho. Embora a data de 12 de outubro tenha adquirido grande representatividade com o passar dos anos, nem sempre a infância contou com tanta atenção, responsabilidade e direitos quanto neste século 21. Devido à alta taxa de mortalidade dos bebês ocasionados pela falta de preparo no parto e os primeiros cuidados com os pequenos, as famílias, de forma pouco comum, evitavam se apegar demais a eles em razão do receio da pequena sobrevivência. A criança também trazia o estigma de ser apenas mais um membro na família, com ocupação muitas vezes de longas jornadas de trabalho e sem a obrigatoriedade de frequentar uma escola. Muitas dessas ações e atos praticados, inclusive o do trabalho infantil, estão sendo, aos poucos, superados, e no Brasil são extremamente proibidos. Neste século, há garantias a todas as crianças, com olhares de sua importância na sociedade e a valorização da infância – com ideias de proteção, amparo e dependência, com resguardo e lugar para elas.
O conjunto de regras determinantes para os direitos das crianças e metas para o desenvolvimento pleno foi criado entre os séculos 19 e 20 com os primeiros Estatutos da Criança – que dividiu a infância por fases e criou o conceito de adolescência. Através da ONU (Organização das Nações Unidas) foi aprovada, em 1959, a “Declaração Universal dos Direitos da Criança” que trata, além de direitos como igualdade, sobre escolaridade gratuita e alimentação.